seminários napedra | teoria benjaminiana da linguagem | 2013

PROGRAMAÇÃO

UNIDADE I :: magia e linguagem

[21/03 – 9h30] 
sessão 1: o verbo, o nome, o signo

Sobre a linguagem em geral e sobre a linguagem do homem [ 1916 ]
original em alemão | tradução em português

[04/04 – 9h30]
sessão 2 : o intencionado e os modos de intentar

A tarefa do tradutor [ 1923 ]
original em alemão | tradução em português

UNIDADE II :: mimetismo e linguagem

[18/04 e 02/05  – 9h30]
sessões 3 e 4: o profano e o mágico, o sensível e o não-sensível

A doutrina das semelhanças [ 1933 ]
original em alemão | tradução em português
tradução em inglês

Sobre a capacidade mimética [ 1933 ]
original em alemão | tradução em português
tradução em francês

UNIDADE III :: etnologia e linguagem

[23/05  – 9h30]
sessão 5 : o corpo, o gesto, a palavra

Problemas da Sociologia da Linguagem [ 1935 ]
original em alemão | tradução em português

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ensaios de Walter Benjamin:

originais em alemão
“Über Sprache überhaupt und über die Sprache des Menschen”; “Lehre vom Ähnlichen”; “Über das mimetische Vermögen” In: Gesammelte Schriften. Bd. II (Aufsätze, Essays, Vorträge).Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1977.
“Probleme der Sprachesoziologie” In: Gesammelte Schriften. Bd. III (Kritiken un Rezensionen). Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1972.
“Die Aufgabe des Übersetzers” In: Gesammelte Schriften. Bd. IV ( Kleine Prosa, Baudelaire-Übertragungen).Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1977.

traduções em português
“Sobre a linguagem em geral e sobre a linguagem do homem”, “A tarefa do tradutor” In: Escritos sobre mito e linguagem (1915-1921). São Paulo: Duas Cidades; Editora 34, 2011.
“A doutrina das semelhanças” In: Obras escolhidas (magia e técnica, arte e política). São Paulo: Brasiliense, 1985.
“Sobre a capacidade mimética” In: Humanismo e comunicação de massa. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1970.
“Problemas da sociologia da linguagem” In: Sobre arte, técnica, linguagem e política. Lisboa: Relógio D’água editores, 1992.

LEITURAS DE APOIO

acerca da filosofia da linguagem de Walter Benjamin
BOLLE, Willi. Fisiognomia da metrópole moderna: representação da história em Walter Benjamin. São Paulo: Edusp/Fapesp, 1994.
______. As siglas em cores no Trabalho das Passagens, de WBEstudos Avançados 10(27): 41-77, 1996.
GAGNEBIN, Jeanne Marie. História e narração em Walter Benjamin. São Paulo: Perspectiva/Editora da Unicamp/Fapesp, 1994.
HANSSEN, Beatrice. “Language and mimesis in WB’s work” In: D. Ferris (ed.) The Cambridge Companion to Walter Benjamin. Cambridge: Cambridge University Press, 2004, 54-72.
JENNINGS, Michael W. 1987. Dialectical Images: Walter Benjamin’s theory of literary criticism. Ithaca/New York: Cornell University Press.
LAGES, Susana Kampff. Walter Benjamin: tradução e melancolia. São Paulo: Edusp, 2007.
SELIGMANN-SILVA, Márcio. Ler o livro do mundo: romantismo e crítica literária. São Paulo: Iluminuras, 1999.
______ (org.). Leituras de Walter Benjamin. São Paulo: Annablume/Fapesp, 1999.

alguma biografia
COETZEE, J. M. As maravilhas de Walter Benjamin. Novos Estudos (70): 99-113, 2004.

“por uma antropologia benjaminiana”
DAWSEY, John C. Por uma antropologia benjaminiana: repensando paradigmas do teatro dramáticoMana 15(2): 349-376, 2009.
TAUSSIG, Michael. Walter Benjamin’s Grave. Chicago: University of Chicago Press, 2006.
SMITH, Colin. Resurrecting Walter BenjaminAnthropological Quarterly, Vol. 79, No. 3 (Summer, 2006), pp. 541-546.

15 opiniões sobre “seminários napedra | teoria benjaminiana da linguagem | 2013

  • 19 de fevereiro de 2013 em
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    • 24 de março de 2013 em
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      “A linguagem não fornece jamais meros signos” (Sobre a linguagem em geral e sobre a linguagem do homem, p. 63).
      A frase marca a distância exata que, desde o início, a teoria benjaminiana da linguagem vai assumir com relação a concepção burguesa, saussureana, da arbitrariedade dos signos, sem todavia recair numa teoria mística pura e simples. Para Walter Benjamin, não sendo a palavra um mero signo das coisas estabelecido por uma convenção qualquer nem a essência mesma dessas coisas, ela surge na linguagem nomeadora do homem a meio caminho entre a linguagem criadora de Deus e a linguagem muda da natureza, estabelecendo assim uma relação necessária entre a divindade, o humano e as coisas. E é esta distinção que não só permite ao autor afirmar ser a tradução a passagem de uma língua para a outra como uma série contínua de metamorfoses que apontam para a virtualidade de uma língua pura, como também afirmar mais tarde o fundamento mágico-mimético de toda linguagem humana.

      • 24 de março de 2013 em
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        Não acrescento nada, apenas bagunço um pouco o que você arrumou, fazendo minhas perguntinhas… O que é “concepção burguesa” da linguagem para o Benjamin? O que é “concepção burguesa” em geral para ele? O que ele qualifica (e denuncia) ao nomear de “burguês”? O que o Danilo quis dizer quando disse que alguns etnólogos se valem de “concepções burguesas” para explicar modos de vida ameríndios sem ao menos se darem conta disso? O “burguês” do Benjamin é o mesmo dos etnólogos (e nosso)? O que seria uma teoria mística da linguagem? Por que Benjamin se contrapõe a ela? No que uma teoria mística da linguagem se diferenciaria de uma teoria da linguagem de base mágico-mimética? Enfim, o que é a tal da revelação e como ela age na teoria da linguagem não burguesa, não mística e sim mágico-mimética do Benjamin?

        • 25 de março de 2013 em
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          Linguagem, a mãe da razão e da revelação, seu α e Ω”, diz Hamann. (Sobre a linguagem em geral e sobre a linguagem do homem, p. 59).

      • 24 de março de 2013 em
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        O que poderia querer dizer burguês aqui. Seria uma concepção de linguagem de algum modo instrumental, solidária de uma separação postulada dogmaticamente da natureza e da cultura???

        • 31 de março de 2013 em
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          “Essa visão afirma que o meio [Mittel] da comunicação é a palavra; seu objeto, a coisa; seu destinatário, um ser humano” (Sobre a linguagem em geral e sobre a linguagem do homem, p. 55). Para essa concepção, “(…) a palavra estaria relacionada à coisa de modo casual e que ela seria um signo das coisas (ou de seu conhecimento) estabelecido por uma convenção qualquer. A linguagem não fornece jamais meros signos” (idem, p. 63).

    • 28 de março de 2013 em
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      SUGESTÃO DE LEITURA:

      KANGUSSU, Imaculada. O último limiar. Cadernos Benjaminianos – Revista Digital do Núcleo Walter Benjamin 2(2), Agosto de 2010.

      Na primeira parte do texto [ I. Cabala ], a autora faz uma síntese da ideia de criação presente no pensamento cabalístico, seguindo Gershom Scholem (A Mística Judaica), ao discutir as diferenças entre a Cabala clássica [ talvez mais centrada na Torá ??? ] e aquela que se desdobra a partir do Sefer ha-Zohar, Livro do Esplendor [ talvez uma tradução da Torá, como o Talmud e o Sefer Ietzirá, Livro da Criação ?? ], especialmente na interpretação do cabalista Isaac Luria (1534-1572). A leitura pode nos ajudar a entender melhor as relações que os dois ensaios assumidamente metafísico-teológicos que compõem esta unidade estabelecem com a tradição judaica de interpretação dos textos sagrados, que Benjamin toma por base nestes ensaios. Segue abaixo a Árvore da Vida, diagrama cabalístico que contêm as 10 Sefirot, emanações da essência divina, descritas no texto.

      árvore da vida

      Dito de modo grosseiro, talvez seja possível dizer que, enquanto o ensaio “Sobre a linguagem em geral […]” parte de uma concepção clássica da criação, qual seja, como um desdobramento do divino [ nas Sefirot ?? ], o ensaio sobre a tradução está mais próximo da concepção luriana, da criação como um processo de contração [ Tzimtzum ], separação [ Shevirah ] e reagregação [ Tikun ].

      Nesta contextualização talvez possamos indagar ainda se estes dois ensaios não se constituem como verdadeiros exercícios etnográficos, na medida em que as teorias da linguagem e da tradução ali apresentadas são desdobradas por Benjamin na sua interpretação de um material empírico bastante específico, a partir da própria tradição que o constitui: O Gênesis, o Zohar, e a mística judaica.

      • 2 de abril de 2013 em
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        André e Colegas,

        Como eu havia comentado. Senti necessidade de acompanhar a leitura com informações da historiografia judaica. Buscando algo sobre isso, achei essa linha do tempo que pode auxilia-los também, caso sintam a mesma necessidade.

        http://www.beitlubavitch.org.br/linha_do_tempo.pdf

    • 6 de abril de 2013 em
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      Finda esta primeira unidade de discussões, acredito haver uma questão de fundo que vem se esboçando de duas maneiras aparentemente distintas: por um lado, a indagação pela pertinência das diversas apropriações, especialmente no campo da etnologia, das ideias de Benjamin sobre a linguagem e a tradução e, por outro lado, pela utilidade das ideias benjaminianas no desenvolvimento de nossas pesquisas individuais, como elas poderiam fazer avançar o conhecimento antropológico, especialmente no campo da antropologia da performance e da experiência.

      A partir de nossa última discussão, creio que não seria leviano dizer que, em ambos os casos, estamos diante de um problema de tradução, ou seja, da [im]possibilidade de se traduzir conceitos benjaminianos em linguagem antropológica. Nesse sentido, e se voltarmos uma vez mais às ideias de Benjamin sobre “A tarefa do tradutor”, a pergunta pela pertinência ou pela utilidade das ideias benjaminianas para a antropologia perde o sentido em favor de uma indagação sobre a questão da sua traduzibilidade. Em outras palavras, se as apropriações do pensamento benjaminiano no campo da antropologia, existentes e a serem feitas, são formas de traduzi-lo em linguagem antropológica, a questão deixa de ser se as apropriações são boas ou más, ou se o Walter Benjamin é útil ou não para pensar questões antropológicas, mas sim se a sua obra admite, ou até mesmo exige, esta tradução. Com isto, o dilema seria saber, quando realizamos esta espécie de tradução, se estamos antropologizando o pensamento benjaminiano ou benjaminiano o pensamento antropológico.

      Uma outra questão que se desdobra diz respeito a ideia, explicitada nas apropriações etnológicas da noção benjaminiana de tradução, de que o trabalho do etnógrafo guarda semelhanças [ ou afinidades??? ] com o trabalho do tradutor. Se assim for, não seria então a teoria etnográfica que brota da relação entre os modos de visar distintos da língua nativa e da língua própria vislumbres daquela língua pura de que fala Benjamin?

  • 19 de fevereiro de 2013 em
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    • 11 de abril de 2013 em
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      Antes que vocês comecem as leituras dos 2 ensaios de nossos 2 próximos encontros [ e, uma vez mais, a proposta é ler os 2 ensaios simultaneamente para as duas próximas sessões ], talvez seja interessante uma lembrança, que por sua vez nos insinua um experimento de leitura interlinear, um exercício prático para por a prova os rendimentos, mesmo que ainda não diretamente antropo-etno-gráficos, das teorias da linguagem e da tradução que vimos nos ensaios das sessões anteriores.

      Lembro a vocês novamente, e alguns já tinham percebido isto antes e me advertido, que as traduções brasileiras destes dois ensaios trazem alguns problemas, especialmente o ensaio sobre “A capacidade mimética”, onde faltam frases com relação ao original. No entanto, todos eles estão traduzidos em diversas línguas: português de portugal, inglês, francês, espanhol, italiano etc…

      Então queria sugerir a vocês que, dentro das possibilidades de tempo e domínio linguístico de cada qual, experimentem ler as traduções brasileiras junto com 1, 2, 3 traduções outras, estrangeiras; e, para aqueles que como eu ainda acreditam que um dia a gente vai conseguir aprender este mal-ben-dito alemão, ler as traduções com os originais, já que se trata de textos curtos, embora herméticos, sendo uma ótima oportunidade para a prática de leitura. E, se não for abusar demais, que comentem no site as discrepâncias que encontrarem.

      Se a gente conseguir fazer isto, acredito eu, não só será possível chegar mais perto daquilo que o Benjamin estava dizendo “originalmente” nos seus textos, como também seria um jeito de experimentar, de modo prático, como eu já disse, voltando-se para um material empírico duplamente benjaminiano, como funcionam todos aqueles conceitos sobre a linguagem e a tradução que ele fala nos ensaios anteriores perguntando, por exemplo, como os diferentes modos de visar das diversas línguas, arranjados em torno do mesmo visado, se complementam na virtualidade da língua pura, em que medida fidelidade e liberdade determinam as diferenças entre as traduções do Benjamin, como podemos entender que o ensaio é uma forma, como a sua concepção mágico-mimética da linguagem permite superar os limites tanto da concepção burguesa [ saussureana, da arbitrariedade do signo ] quanto a concepção mística [ da imediatidade da magia da língua ] e capturar o não-comunicável da linguagem, enfim…

      Dá trabalho, e precisa de tempo, eu sei. Mas, para quem não tem tempo a perder, Benjamin não é a leitura mais recomendada. Pois, com ele, não existe atalho, só desvio… Só assim a gente começa a entender um pouquinho, carregando sempre mais dúvidas do que respostas…

      Então, bom experimento. Até semana que vem!

    • 18 de abril de 2013 em
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      Segunda unidade: achei os dois textos muito difíceis, obscuros.
      Encontrei na internet um texto que recomendo, principalmente o capítulo 3: http://rhr.revues.org/4472.
      Algumas ideias que permitem nortear uma segunda leitura:
      -Benjamin está num diálogo permanente com Kant (cf o texto “A filosofia que vem”). A questão da experiência e do transcendental emerge desse dialogo crítico.
      -Em vez de um sujeito transcendental, que pensa a partir de um “eu”, Benjamin considera o lugar do sujeito como efeito da linguagem. Procura um lugar, dentro da linguagem, onde haveria silêncio, neutralidade, pensamento sem sujeito nem objeto e que daria acesso á totalidade. O “eu” é uma súmula, um efeito unificador (de experiências) que produz discursos, mas a experiência transcendental se daria nos efeitos de continuidade (entre o som e a letra por ex.) e de discontinuidade (que tem por efeito de criar significações pela capacidade mimetica). Teria uma possibilidade de conhecimento transcendental, mas de dentro da linguagem e por ela, no entanto fora de qualquer sujeito e de qualquer objeto. Seria o conhecimento a experiência da linguagem pura? Do centro? Do significado e não do significante? Isso levaria de volta á queda do paraíso e ao seu redobramento no mito de Babel.
      -Em toda filosofia do Benjamin a experiência (moderna?) só pode ser pensada como experiência da perda. Conhecemos a questão da “queda da aura”, causada pela técnica de reprodução, mas tanto na ideia de linguagem pura, quanto na de experiência mimética extra-sensível, há o pressuposto de uma faculdade e de um conhecimento perdido e que agora só pode transparecer, irromper, fugaz. A experiência do “flaneur” (contemplativa e pré-moderna para Beaudelaire), só pode ser aproximada na modernidade, assim como a faculdade mimética sensivel. Neste ponto sublinho que, para Benjamin, essa perda parece não ter acontecido na experiência da magia entre povos considerados por ele “primitivos”. É também alcançada pela criança, pelo louco, pela experiência da droga, e na religião enquanto fenômeno histórico.

    • 18 de abril de 2013 em
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      Benjamin a Scholem: “Portanto, se através desta lhe participo que apesar das condições adversas consegui elaborar uma nova teoria da linguagem – abrangendo quatro pequenas páginas manuscritas – você não poderá deixar de tirar o chapéu ante a façanha. Mas não quero que sejam publicadas tais páginas, aliás nem estou certo de que elas rendessem uma página datilografada” (Berlim, 28/02/1933).

      Benjamin a Scholem: “Você não poderia causar-me maior alegria do que acrescentando a essas folhas o texto ‘Sobre a linguagem em geral e sobre a linguagem do homem’. Quanto antes recebê-lo, melhor. Chegou o momento em que posso me dedicar à comparação dos dois trabalhos sobre a linguagem” (Ibiza, 31/05/1933).

      Scholem a Benjamin: “Você já terá percebido que aguardo seu segundo trabalho sobre a linguagem com o verdadeiro interesse do mago, à espera de uma teoria para suas fórmulas” ([Jerusalém], 15/06/1933).

      Benjamin a Scholem: “[…] terei que postergar […] a cópia a limpo das anotações sobre a filosofia da linguagem, que lhe prometi. Mas devo dizer que a ansiedade com que você a aguarda me deixa um pouco sem jeito. Em primeiro lugar, trata-se tão-somente de uma glosa de duas ou três páginas à máquina. Além disso, em termos de conteúdo, também deve ser encarada como um anexo ao trabalho mais extenso e isto – diga-se de passagem – não tem nenhuma relação com a parte dos comentários. Trata-se, isso sim, se é que cabe fazer interpretações, de uma alteração na nossa velha tendência a mostrar os caminhos que levaram a uma superação da magia” (Ibiza, 29/06/1933).

      Benjamin a Scholem: “Pelo visto, acho que nunca estarei em condições de iniciar uma modesta exemplificação destes humildes pensamentos metódicos que apresento somente a você – e a mais ninguém. Portanto, amontoe-os na mais recôndita câmara escura do seu arquivo” ([Ibiza-Paris?] 10 ou 12/09/1933).

      Scholem a Benjamin: “Acuso o recebimento das suas anotações […] e se ainda não me manifesto sobre o seu texto, isto deve simplesmente ao fato de que estou seriamente empenhado em entendê-lo. O que não me parece muito fácil ” ([Jerusalém] 10/11/[1933])

      Benjamin a Scholem: “Espero que não se surpreenda se lhe disser que esse assunto continua me interessando, embora você não tenha entendido como tal o pequeno programa que coloquei no papel em Ibiza […]. Seja como for, o conceito ali exposto de semelhança que não se baseia nos sentidos encontra diversas ilustrações no modo como o autor do Zohar interpreta a formação dos sons e mais ainda dos signos da escrita como depósito de conexões existentes no mundo. Com a única diferença de que ele se estabelece uma relação que não leva a nenhuma origem de tipo mimético. Isto pode estar relacionado com sua ligação com a teoria da emanação, à qual se opõe a minha teoria da mimese, representando o mais extremo antagonismo” (Paris, 14/10/1935).

    • 23 de maio de 2013 em
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      Faculdade mimética?
      Uma criança de 3 anos:
      – O trem vai PFFFF [o corpo gira e os braços se lançam para o infinito] muito rápido!
      -“VApor” é a mesma coisa do que “VAlentina”

  • 19 de fevereiro de 2013 em
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