Os sentimentos contraditórios provocados por Hegel nos membros da Jovem Alemanha, que oscilavam entre uma forte atração e uma repulsa ainda mais forte, manifestam-se da maneira mais eloqüente em Quarantäne im Irrenhause [Quarentena no manicômio] de Gustav Kühne… Pelo fato de a Jovem Alemanha dar mais ênfase ao livre-arbítrio subjetivo que à liberdade objetiva, os jovens hegelianos desprezavam a ‘confusão sem princípios’ de seu ‘egoísmo beletrista… Ouviu-se ecoar nas fileiras da Jovem Alemanha o temor de que a dialética implacável da doutrina hegeliana pudesse privar a juventude da força necessária para a ação, mas esta preocupação revelou-se injustificada.” Ao contrário, quando os membros da Jovem Alemanha, “após a proibição de seus escritos, precisaram reconhecer que já tinham queimado o bastante as próprias mãos, e esperavam ainda poder viver uma vida bem burguesa com seu trabalho diligente, o seu ímpeto arrefeceu rapidamente”. Gustav Mayer, Friedrich Engels, vol. 1, Friedrich Engels in seiner Frühzeit, Berlim, 1933, pp. 37-39.