[O 10, 4]

“A regulamentação da jornada de trabalho … o primeiro freio racional imposto aos assassinos e frívolos caprichos da moda, incompatíveis com o sistema da grande indústria.” Nota a este respeito: “John Bellers censurava já em 1699 estes efeitos da ‘incerteza da moda’ (Essays about the Poor, Manufactures, Trade, Plantations, and Immorality, p. 9). Karl Marx, Das Kapital, ed. org. por K. Korsch, Berlim, 1932, p. 454.

[O 10, 5]

Extraído da Pétition des filles publiques de Paris à MM le Préfet de police etc., redigéee par Mlle. Pauline et apostillée par MM. les épiciers, cabaretiers, limonadiers et marchands de comestibles de la capitale...: [Petição das mulheres públicas de Paris ao Sr. Prefeito de Policia etc., redigida pela Srta. Pauline e recomendada pelos Srs. merceeiros, donos de cabaré, limonadeiros e comerciantes de comestíveis da capital]: “Nosso ofício infelizmente já é em si miserável, mas, com a concorrência de outras mulheres e senhoras distintas que não pagam impostos, deixou de produzir rendimento satisfatório. Ou será que somos muito piores porque recebemos dinheiro vivo, enquanto aquelas recebem xales de caxemira? A Carta garante a liberdade pessoal a cada um; se nossa petição não der resultado junto ao Sr. Prefeito de Polícia, nós nos dirigiremos às Câmaras. Aliás, seria melhor viver no reino de Golconda, onde as moças como nós formavam uma das quarenta e quatro divisões do povo, tendo por única obrigação dançar para o rei, serviço este que estaríamos dispostas a prestar ao Sr. Prefeito de Polícia, caso o desejasse.” Friedrich von Raumer, Briefe aus Paris und Frankreich im Jahre 1830, vol. I, Leipzig, 1831, pp. 206-207.

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[O 10, 6]

O prefaciador das Poésies de Journet fala de “oficinas para os mais diversos tipos de trabalho de agulha, onde … por 40 cêntimos por dia, — as mulheres e as jovens sem trabalho vão gastar … sua saúde. Quase todas essas infelizes são obrigadas a recorrerem ao quinto quarto da jornada de trabalho.” Jean Journet, Poésies et Chants Harmoniens, Paris (na Librairie Universelle de Joubert, Passage du Saumon, 2, e na casa do autor), junho de 1857, p. LXXI (Prefácio do editor).