O Jugendstil é a segunda tentativa da arte de confrontar-se com a técnica. A primeira foi o Realismo. Neste, o problema se situava mais ou menos na consciência dos artistas. Eles ficaram inquietos com os novos procedimentos da técnica de reprodução. (A teoria do Realismo comprova isto; cf. S 5, 5.) No Jugendstil, o problema como tal já havia sido recalcado. Ele não se considerava mais ameaçado pela concorrência da técnica. Assim o confronto com a técnica que está oculto no Jugendstil se tornou tão mais agressivo. Sua recorrência a temas técnicos advém da tentativa de esterilizá-los através da ornamentação. (Alias, isto conferiu excepcional significado político ao combate que Adolf Loos empreendeu contra o ornamento.)
[S 8a, –]
arquivo temático S, folio 8, pg 3
[S 8a, 1]
[S 8a, 2] 
O tema fundamental do Jugendstil é a transfiguração da infertilidade. O corpo é desenhado preferencialmente nas formas que precedem a maturidade sexual.
[S 8a, 3] 
O amor lésbico transporta a espiritualização até o regaço feminino. Lá ele hasteia o estandarte lirial do “amor puro”, que não conhece nem a gravidez nem a família.
[S 8a, 4] 

A consciência do homem que se entregou ao spleen fornece um modelo em miniatura do espírito do mundo ao qual se deveria atribuir a idéia do eterno retorno.
[S 8a, 5] 
O homem aí passa através das florestas de símbolos
Que o observam com olhos familiares.
“Correspondances”. São os olhares florais do Jugendstil que aparecem aqui. O Jugendstil recupera os símbolos. A palavra símbolo não é freqüente em Baudelaire.
[S 8a, 6] 
A evolução que conduziu Maeterlinck durante sua longa vida a uma posição extremamente reacionária é lógica.
[S 8a, 7] 
A tentativa reacionária de retirar formas condicionadas pela técnica de seu contexto funcional e transformá-las em constantes naturais — ou seja, estilizá-las — reaparece um pouco mais tarde no Futurismo, à semelhança do Jugendstil.