O jogo da Bolsa na província dependia de Paris para receber “as informações sobre a cotação dos títulos mais importantes… Para isso, utilizavam-se mensageiros especiais, pombos-correio, e um dos meios preferidos na época, quando havia na França uma profusão de moinhos de vento, era a transmissão de sinais de um moinho a outro: se a janela de um deles estivesse aberta, isto significava Bolsa em alta, e o sinal era captado pelo moinho seguinte e passado adiante; se a janela permanecesse fechada, isto significava baixa, e a notícia seguia o mesmo percurso de moinho a moinho, da capital até a província.” Os irmãos Blanc, no entanto, preferiam servir-se do telégrafo óptico, cuja utilização estava legalmente reservada ao governo. “Um belo dia, no ano de 1834, a pedido de um agente dos Blanc, um telegrafista parisiense transmitiu para Bordeaux, em um telegrama oficial, um ‘H’ que deveria indicar a alta [hausse] na cotação dos títulos. Para marcar a letra, e também para se precaver contra qualquer descoberta, acrescentou após o ‘H’ um sinal de engano.” No entanto, surgiram dificuldades com este método, e os Blanc o combinaram então com um outro. “Quando, por exemplo, os títulos do Estado francês com rendimento de três por cento registravam uma alta de pelo menos 25 cêntimos, o encarregado dos Blanc em Paris, um certo Gosmand, enviava um pacotinho com luvas ao funcionário dos telégrafos em Tours, de nome Guibout, que prudentemente era indicado no endereço como fabricante de luvas e meias. Caso ocorresse uma baixa da mesma importância, Gosmand lhe enviaria meias ou gravatas. No endereço do pacote era escrita uma letra ou uma cifra que Guibout acrescentava imediatamente, com sinal de engano, a um telegrama oficial para Bordeaux.” Este procedimento funcionou por quase dois anos. Relato segundo Gazette des Tribunaux de 1837. Egon Caesar Conte Corti, Der Zauberer von Homburg und Monte Carlo, Leipzig, 1932, pp. 17-19.
[O 8, –]
arquivo temático O, folio 8, pg 1
[O 8, 2]
Conversas Galantes ao Pé do Fogo entre Duas Moças do Século XIX, Roma-Paris, Ed. Grangazzo, Vache & Cie. Algumas formulações curiosas: “Ah, cu e boceta, palavras tão simples e, no entanto, tão ricas de conteúdo; olhe para mim, o que você acha de meu cu e de minha boceta, Elisinha?” (p. 12). “No templo, o sacerdote; no cu, o dedo indicador como sacristão; no clitóris, dois dedos como diáconos — é assim que eu aguardava as coisas que estavam por vir. ‘Quando meu cu estiver em boa posição, então, meu amigo, pode começar!'” Os nomes das duas moças: Elise e Lindamine.