Sobre as núpcias de Caná; 1848: “Foi planejado um banquete para os pobres, o banquete de vinte e cinco centavos: pão, queijo, vinho, para serem consumidos na campina de Saint-Denis — com transporte de ônibus incluído. O banquete não aconteceu: foi marcado primeiro para o dia 11 de junho, depois adiado para 18 de junho, e depois para 14 de julho. Porém, as reuniões que o prepararam, a subscrição que foi aberta e as adesões que atingiram, em 8 de junho, o número de 165.532, acabaram por sobreexcitar a opinião pública.” Gustave Geffroy, L’Enfermé, Paris, 1926, vol. I, p. 192.
[p 4a, –]
arquivo temático p, folio 4, pg 3
[p 4a, 2]
“Em 1848, encontram-se pregados na parede do quarto de Jenny, a operária, os retratos de Béranger, de Napoleão e de Nossa Senhora. Já se crê no advento do culto da Humanidade. Jesus é um grande homem de 48. Em meio à massa, há indícios de uma fé nos presságios… O Almanach Prophétique de 1849 anuncia a volta do cometa de 1264, o cometa guerreiro, produzido pela influência de Marte.” Gustave Geffroy, L’Enfermé, Paris, 1926, vol. I, p. 156.
[p 4a, 3]
Babick, deputado do 10º arrondissement, polonês, operário, depois alfaiate, mais tarde perfumista: “Ele era … membro da Internacional e do Comitê Central, e ao mesmo tempo apóstolo do culto fusionista. Uma religião de inspiração então recente, feita para o uso de cérebros semelhantes ao seu. Concebida por um certo Sr. de Toureil, ela reunia vários cultos, aos quais Babick acrescentara o espiritismo. Para essa religião, ele havia criado, como perfumista, uma língua que, na falta de outro mérito, cheirava a droga e a ungüento. Ele escrevia no cabeçalho de suas cartas: ‘Paris-Jerusalém’, colocava como data um ano da era fusionista, e assinava ‘Babick, filho do reino de Deus e perfumista’.” Georges Laronze, Histoire de la Commune de 1871, Paris, 1928, pp. 168-169.
[p 4a, 4]
“A iniciativa fantasiosa do coronel da 12ª legião não foi mais feliz. Ela instituía uma companhia de cidadãs voluntárias, encarregada, para maior vergonha dos infratores, de executar sua prisão.” Georges Laronze, Histoire de la Commune de 1871, Paris, 1928, p. 501.
[p 4a, 5]
A cronologia do fusionismo começa em 30 de dezembro de 1845.
[p 4a, 6]
Maxime Du Camp, em Souvenirs, faz um jogo de palavras com Évadiens [evadianos] e s’évader [evadir-se].