[p 4, 1]

James de Laurence dá ao milagre de Caná uma interpretação bem ao estilo do início da Idade Média, para torná-lo uma prova de que Jesus era contrário ao casamento: “Ao ver os dois cônjuges fazendo o sacrifício de sua liberdade, ele transformou a água em vinho, para mostrar que o casamento era uma loucura que só se podia fazer com a razão perturbada pelo vinho.” James de Laurence, Les Enfants de Dieu, ou La Religion de Jésus Réconciliée avec la Philosophie, Paris, junho de 1831, p. 8.

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[p 4, 5]

“O interesse de Balzac pela longevidade faz parte daquilo que ele tem em comum com o século XVIII. Os naturalistas, os filósofos, os charlatões daquela época dão-se as mãos… Condorcet esperava da era futura, que ele pintava em cores brilhantes, um prolongamento infinito da vida. O conde de Saint-Germain receitava um ‘chá da vida’; Cagliostro, um ‘elixir da vida’; outros recomendavam ‘sais siderais’, ‘tintura de ouro’, ‘camas magnéticas’.” Ernst Robert Curtius, Balzac, Bonn, 1923, p. 101.